Este que se encontra guardado, há mais de um ano.
Eu até pensei que lhe cairia bem, como uma espécie de bandeira branca.
Pois não é que o presente se parece muito com uma bandeira branca?
Eu até pensei que você iria aceitá-lo: da minha mão ou da mão de outro.
Pois não dependeria da mão que lhe entregasse o presente, ele seria dado por mim de qualquer forma.
Eu pensei seriamente em lhe abordar um dia e lhe falar sobre este presente.
Eu até comentei com pessoas sobre o presente.
Pessoas próximas a você.
Eu pensei que seria algo bonito para você, tanto que o comprei.
Algo que sei que você não tem. E que lhe deixaria contente.
Eu até pensei que você não iria usá-lo, pois foi dado por mim.
Pensei que você iria queimá-lo, ou dá-lo para outra pessoa.
Nâo pensei na hipótese de ser algo que apague o que passou.
Não, definitivamente.
Seria apenas um presente.
Pensei, pensei e pensei.
Hoje eu conclui que o presente não cabe mais.
Pois a vida não nos cabe mais.
À vida cabe a questão do "cada um na sua".
E, sendo desta forma,
Fique bem.
Na sua.
E eu não minha.

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