The love you take is equal to the love you make

Essa frase do título foi escrita em 1969 e só hoje eu pude realmente entender o real significado dela.


"Estávamos ali, na sala dos instrumentos. Daniel Reverendo, o cara que nos ensinou a, antes de tudo, construir nossos tambores, também estava. Era nossa 'participação especial' na festa junina do Alves Cruz e a presença dele foi muito festejada por nós que conhecemos ele como educador.
Mas a presença dele por si só já é um evento. A paz que ele transmite, os assuntos, a forma como leva as conversas... tudo.
Nossa intenção na sala era a de passar algumas canções dele e entender algum arranjo ou decorar o canto. Antes, ele puxou uma reza, um cântico, uma oração.. não sei dizer. Ali parecia que o mundo era apenas um tambor, e que nós todos fazíamos parte dele. Pensei 'poderia gravar isso', mas não precisa: está no coração.
As palavras do Daniel ecoavam nos corações do presentes.. Pepe, Chris, Érica, Guga, Murilo e eu...Guga ressaltou a importância do  Reverendo em nosso projeto e em nossas vidas, citando talvez o único mestre que nosso capitão teve.
Após o canto, passamos as músicas com ele (coisa rápida) e descemos para a concentração com a galera no anfiteatro.
Em roda, Márcio se emocionou a falar dele. Chorou. E eu, Guga, Débora e mais alguns também choraram. Quando Daniel entrou na sala, pareceu um foco de luz incrível sobre todos nós... todos ali, ajudando nos nossos 11 anos de história onde passaram amores, amigos, lembranças...
E, pela primeira vez em 11 anos, rezamos todos juntos um Pai Nosso.


Mais lágrimas.


Fomos, tocamos... cumprimos nossa obrigação com louvor."




De lembrar essas cenas e relatar isso, eu choro de novo. Choro por saber que definitivamente não estou só. Mesmo tendo a Luisa na minha vida - pessoa tão importante em tão pouco tempo, mesmo nos conhecendo há cerca de 11 anos - ter a certeza de que você está no lugar certo, na hora certa e com as pessoas certas não tem preço.
Eu olhei cada instrumento, cada figurino, cada saia, cada um que passava na minha frente. Me senti tão parte daquilo, tão importante.. e enxerguei a importância de todos ali presentes. O projeto se faz com todos, não só com meia dúzia. Se faz com organização, mas com dedicação. E acima de tudo, se faz com amor.




Me preenchi de um carinho tão grande por todos que ali estavam. Até quem me feriu eu amei, eu desejei felicidade, desejei paz e conquistas. Olhei de relance, percebi a presença e mandei um abraço imaginário, um abraço na alma, um carinho no coração já tão machucado.


Me sinto pleno. Me sinto como nunca me senti. Devo isso ao projeto, devo isso ao Gleds que cresce cada dia mais, que aprende, que erra mas tá consertando, à Luisa que me motiva, me ama, me agrega... aos meus  AMIGOS que estão COMIGO, que vem até mim pra quebrar o pau, mas sempre com o intuito de fazer o bem, seja lá qual for a resolução.


Aos falsos eu desejo amor. Aos tolos, amor. Aos fúteis, amor. Tudo é amor. Tudo.






O amor que você recebe é igual ao amor que você faz.



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