Uma canção antiga dos Raimundos na época onde estavam no topo, vendendo bastante e com a mídia toda voltada a eles. Dizem que eles "traíram o movimento", termo muito usado nos anos 80/90 por aqueles que mantém uma postura dentro de determinada tribo, facção, estilo de vida ou o que seja algo que pode ser levado para a vida toda. Pessoas como João Gordo, Clemente (Inocentes) e outros foram chamados de traidores do movimento.
Conversando um dia com o Clemente no Mcdonalds (pois é), ele me disse que esse lance de trair o movimento é cosia de gente retrógrada. Disse que continua gostando das coisas que fez e ainda pretende fazer mais e mais, sendo em produção ou execução mesmo. E também disse "Meu filho não tem que nascer revoltado, brigando com o sistema capitalista e caralho a quatro. Se ele quer ir ao Mcdonalds, eu levo."
Coisa parecida disse o João Gordo ao entrar na MTV. Disse que dinheiro tem valor sim e que se está fazendo alg oque curta e que tenha sua cara, fica bem à vontade. É punk por natureza e não deixará isso morrer, pois entende que pdoe viver suas coisas, sua mídia, sua vida e deixar tudo certo dentro dele.O Andreas Kisser também, de certa forma, foi chamado de traidor do movimento. Isso porquê ocorreram mudanças radicais no Sepultura, sua banda eterna, para algo melhor (na minha opinião). Desde a saída de Max cavalera, a banda ficou co ma liderança do irmão de Max, Igor, e do próprio Andreas. Dereck entrou nos vocais e Paulo Jr. continuou no baixo.
Assim, o Sepultura manteve sua raiz forte, porém longe do que foi feito em discos anteriores, como "Squizofrenia" ou "Beneth The Remains". Na minha opinião, quando o Sepultura ousou no disco "Roots" a entrar em cosias nunca antes imaginadas no meio do metal, foi seu passo mais importante. Muitos dizem que este disco foi o início do New Metal, mas há controvérsias.Hoje o Sepultura mantém seu público fiel desde os antigos cabeludos de calças rasgadas até jovens de seus 12, 13 anos. O importante no caso deles foi a inteligência adquirida com o que eles fazem, com as bandas que cresceram com eles e ajudara meles a crescer. Já os Raimundos, dentro dessa comparação, esquecera ma fórmula da inteligência e se afundaram ao meio de drogas, mulheres, bebidas e rock´n roll.Em contrapartida, o Iron Maiden tem cinquentões na banda e mantém o mesmíssimo estilo desde sua fundação. Seu metal rasgado, pesado e íntegro mantém a banda a quase 30 anos dentre uma das maiores, senão a maior, banda de heavy metal de todos os tempos.
Eles fazem porque gostam, porque tem público, porque tem inteligência, porque sabem fazer e porque sabem o que estão fazendo. O Metallica foi muito criticado no lançamento do "St. Anger" porque estava abaixo de esperado para uma banda que lançou discos memoráveis como "Kill Em´All" e "Master of Puppets". O Metallica recentemente lançou "Death Magnetic", calou a boca de muitos e fez o sorriso de tantos outros voltar [a tona após alguns bons anos sem algo "novo".A verdade é que o "novo" assusta e o "velho" pode ser arcaico. Mas os dois são importantes dentro do contexto de crescimento e conhecimento próprio. As críticas virão, as pessoas irão mesmo falar que "antes era melhor" ou que "hoje não combina com o que eu conheci". mas a verdade é esse upgrade que deve ser realizado em tudo o que fazemos, traindo o movimento, alterando seu heavy metal à parcerias com o Júnior (da Sandy, no festival que o Andreas faz todo ano), indo ao Mcdonal
ds, escrevendo com canetas Mont Blanc e de calças rasgadas, tocando para mais de 100 mil pessoas e indo com seu próprio avião onde o piloto é o vocalista da banda, cantando o número da besta e sendo feliz ao estar com seus filhos, seu fãs.
Se eles tocam bem, se eles são íntegros, se eles aprenderam aonde, não importa. Kurt Cobain não sabia tocar guitarra ao ser lançado o primeiro álbum do Nirvana, "Bleach". Foi aprendendo e seus 3 acordes ganharam o mundo. Dado Villa-Lobos também, ao ser lançado o primeiro disco da Legião Urbana não sabia nem segurar uma guitarra. Já o baterista dos Paralamas do Sucesso, João Barone, não tinha sua carteira da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB): ganhou por méritos prestados à música brasileira e mundial. Se ele precisou mostrar a alguém que sabia tocar? não sei... só sei que ele sabe e é fato, não pela obra construída, mas pela paixão feita naquilo que é apaixonado.
"Eu canto, eu berro, eu grito quando eu quero"Mais uma frase célebre do grande Tim Maia. Outro louco que morreu pela inconsequência de viver demais e pensar de menos (ou não).
Um cara inteligente que não precisava da beleza pra encantar. Bastava-lhe abrir a boca e seu vozeirão cobrir platéias para que todo o mundo reverenciasse o tal canto.Ele quis ser livre, e foi. Foi preso, usou drogas, entrou para uma religião (Racionalistas, me desculpem mais não vou explicar aqui que a Cultura Racional não é religião), cantou música brega, cantou com artistas desde Roberto Carlos até Os Mutantes. um louco com uma cabeça louca e suas canções loucas.
Para pular do abismo é preciso ter asas. E tirar seu brevê.Mas esse papo todo sobre crítica musical e história da música serviu para o seguinte: eu sou o que sou, e foda-se o resto,
De boa, to realmente cansado de ouvir que "o Gleds é aquilo, o Gleds é isso outro" se não for produtivo. Mano, o Gleds é o caralho que for. Se você critica, tenha suas bases e não perca a linha, segure-a. Aceito críticas sim, mas dentro do que eu chamo de respeito. Quando perdemos isso e a violência gratuita tem sua vez, você perde tudo. Quero ouvir que fui um mal namorado ao deixar minha
ex² sozinha, sem deixar claro o que importava e tentar ser "bonitinho" ao invés de ser verdadeiro, mas ter em troca como fazê-lo direito (e tenho isso dela, por essas e outras que tenha ela como uma pessoa extremamente especial). Quero sim ouvir que as pessoas desconfiam de mim por "trair movimentos" ou mesmo acharem que nunca fiz parte deles, ao mesmo tempo que essa afirmação seja feita em determinados momentos, não na hora em que a raiva aparece e o que você acha o udeixa de achar é sua única arma.Não precisamos de armas, não precisamos disso. Como diria Mr. Lennon, All you Need Is Love (all together now!!!) e com ele a gente vai longe.
Concluo que: por amor faço essas coisas por amor ao que eu penso sobre
MINHA vida. Se mudo de opinião, concordo que devo explicações às pessoas que estão dentre estas mudanças, porém-contudo-todavia-no entanto a forma de como é cobrada essa explicação é que faz toda a diferença.
Porra Janaina, vc me ensina a cada dia, mesmo longe. (e não é cinismo rsrsrs)
"Meu santo tá cansado, não vou dizer que tenho salve sobrando... não tô aqui pra ser herói, cuzão, pra pagar de otário!" (Santo O Rappa).
Tô longe da perfeição, eu sei mais que todo mundo... mas o que me predisponho a fazer, faço e (muito)bem feito.
To extremamente cansado, de verdade. Algumas coisas ainda me deixam com uma puta esperança, uma puta vontade de viver. O mundo cai lá fora e aqui dentro também, mas sensações me levam a um futuro incerto, porém saboroso. Sei que o passarim quer voar, pois o tiro feriu mas não matou.Meu jardim está meio baleado, uma grama alta e algumas ervas daninhas. Mas nada que uma boa atenção (como eu ando fazendo) não resolva isso, nem que essas ervas daninhas estejam encrustadas dentro de mim, e para isso os beija-flores tenham que voar pra longe.
Como diria o Rei:
"...então o que fazer? já não quero mais saber
Se como alguma coisa que não devo comer,
Se tudo o que eu faço é ilegal, é imoral ou engorda."
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Não me importa, pois
"a casa é minha, você que vá embora"