Se você não pode falar, expresse

As mesmas rimas de sempre
(e eu ainda insisto em fazê-las)


Essa menina desperta algo que não sei explicar
Um calor, um medo, algo estranho no olhar
É solta como o vento, isso é de foder
pois quanto mais penso nela, mais aumenta o querer
Querer ficar bem, estar bem
Bem, como eu nunca estive com ninguém

Tem o lado dela, e por vezes eu aceito
Mas em algumas oportunidades me sinto como um bicho enjaulado
Seu cheiro, toque, voz, jeito de fazer
coisas que você não queira nem saber
Rimas idiotas expressam algo que nem eu sei explicar
Lembro dos dias, custam a passar
Nem Chico, muito menos Jobim
Quem sabe Noel a explicaria numa canção assim
Vercilo, Elza, Djavan, Bethânia, Bosco
Eu apelo mesmo até pra quem acho tosco!
Mas estes que acompanham seu pensamento
Poderiam me dar um pedaço, uma migalha,
Ou apenas um pouco de seu verdadeiro momento
Momento que se tornaria um dia, uma semana, um ano inteiro
Nossas vidas entrelaçadas, como minha avó e seu belo terço

Não há palavras, nem músicas, não há nada
Essa menina transparece lucidez, exagero, calma
Raiva exposta, crises, verdades e mentiras
Porém mentiras estas que eu me calo, sossego, silencio.
Não exijas de mim o que eu não sei fazer
Pois juntos espero que possamos aprender
A sermos pessoas verdadeiras, um com cada um
Pois como casal não há problema algum
Prezo pela liberdade, pelo prazer
Quero ter, quero estar, quero enfim, poder
Não o poder de posse, mas o poder de ser
Ser o homem dela
Aquele que a espera
Todo dia após o trabalho
Cansada com seu casaco
Com suas botas, seus problemas, suas neuras
Vem cá meu amor, tire suas meias
Descanse em meus braços
Dê-me seus abraços
Não se esforçe, eu faço tudo por você
Tudo o que nenhum leitor deste blog vê
Mesmo aquele leitor que ri de minha construção infantil
Em versos fáceis, busco Lenine e não encontro Gil
Caetano, Mutantes, Móveis Coloniais de Acaju
Penso, penso penso, e só me vem maracatu... (droga)
Fujo da rima mas não do contexto
És você mulher, menina, todo o pretexto
Deste texto
Destes versos falhos
Destas rimas cansadas, de certo atrasadas
Pelo tempo que perco longe de você
Pela paz que eu não quero
Por versar sem pensar
Por não saber onde você está
Por não saber o que você faz
Por você querer, não querer...

Foda-se, esse sou eu e não tenho problema nenhum com isso.

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