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E de repente
tudo fez-se novo. Abriu-se um novo começo. Permitiu-se um novo caminho. E foram
libertados os medos antigos, os engodos, os velhos dogmas presos ao pé da mesa.
Desse movimento foi lançada uma batalha onde a vitória sangrou por um novo
olhar. E tudo fez-se amargo. E tudo fez-se inocente. Com o medo jogado fora,
fez-se crente quem não via mais luz. E da claridade abriu-se uma nova paleta de
cores. Fez-se mistura. E dessa fina fossa veio força. Que como doença contagiosa
cutucou todos os nossos braços em um breve respiro. E fez-se o sorriso. De
brilho nos olhos, de trigo, de abrigo, de mergulho no rio. E fez-se o mar. E de
braços abertos e olhos fechados, corremos. Navegamos. Corremos e choramos e
voltamos a ser crianças. E fez-se luz. Foi então que só assim, com a fragilidade
do “sim”, pudemos voltar a sentir aquele belo medo. Aquele medo que diz
pra perna “anda!”. Que não impede de tentar. Como todo amor que a gente
sente pelo que nos faz respirar. Mas principalmente, por tudo aquilo que nos
tira o ar.
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