Heineken e Lucky Strike na mão

Hora de escrever.

Realmente as redes sociais tiraram toda minha vontade de escrever algo aqui. Na verdade acredito que as redes sociais me ensinaram a não me expor tanto como todo esse blog o faz (e muito).
Mas eu nem divulgo o blog, logo, quem achar achou.

Resolvi escrever hoje pois as últimas semanas andam extremamente movimentadas, tanto dentro como fora de mim. Perdi o meu iPhone e arrumei um emprego; fui pra Sorocaba dar uma oficina de baque virado (coisa que adoro fazer); meus amados amigos Fê e Dri tiveram sua primeira filha; rolou a Virada Cultural, comecei e terminei um namoro; beijei uma pessoa maravilhosa, porém "esquiva"; estou desesperado pra começar a trabalhar logo e arurmar minhas bagunças pra fora daqui; Recife é uma realidade dentro do meu coração; chorei vendo Estrela Brilhante de Igarassu; tive decepção enorme com uma pessoa que achei que fosse realmente um amigo; me pediram em casamento 3 vezes; estreitei laços já tão curtos com amigos de longa data; estou querendo me reaproximar de pessoas que gosto, que me fazem bem; meu irmão me emprestou grana, coisa rara em 32 anos de vida; meu sobrinho já é um adolescente; e tantas outras coisas.

A mente flutua tanta coisa, dá vontade de escrever, mas... como fazer? como escrever? o que escrever?

Quando fiz meu primeiro blog em 2003, foi uma espécie de fuga pra o ócio do emprego da época, e nele descobri uma forma muito boa de colocar diversas coisas do dia-a-dia. Nele conheci o Edson Marques, que visitou o blog e deixou comentários. Nele escrevi, escrevi.... conheci uma grande amiga que se tornou esposa por bons anos, e depois voltou a ser amiga. Nele cresci, aprendi, vivi.

Aqui eu já passei por poucas e boas também. Brigas, amores, elucidações.. tanta coisa! Esse lance de blog é incrível mesmo. Incrível também como so blogs de hoje mudaram tanto. Hoje os blogueiros buscam formas de aumentarem suas visitas, estarem nas estatiticas dos Google Analytics e os caraio a 4... eu não. Minha casa sempre foi e (espero) sempre ser assim: simples. Fala ao coração, sabe?

Minha viagem pra Recife não poderia ter sido melhor. Finalmente retornei a um lugar que sempre quis voltar, mas dessa vez da forma como me programei. Nem os 3 pedidos de casamento mudaram todo o esquema que pensei (os pedidos foram feitos lá, e pela mesma pessoa). Bebi, pulei, cantei, paquerei, bebi mais, conheci lugares, pessoas, gostos, bebi mais ainda, dancei maracatu na chuva, no sol, comi lagosta, bebi mais e mais ainda, fui em poucas praias, vi amigos, vivi emoções, fumei cachimbo com o Mestre Afonso no dia do aniversário dele, bebi tudo o que pude.
A noite de Olinda não sai da minha cabeça.
Voltei pra realidade, e aqui os tais pedidos de casamento viraram pó.
Tudo bem, a realidade é o que conta, chega de sonhar ou ficar pensando que "poderia ter sido melhor", não é?
Tanta coisa poderia ter acontecido que eu nem me frustro mais pelo não acontecido. As frustrações são por coisas que efetivamente eu não fiz, e hoje tento mudar isso ao máximo.

Adendo:

Todas as vezes que eu venho escrever seleciono a playlist. Dessa vez deixei no aleatório. A música de agora é "Pedido de Casamento" do Arnaldo Antunes (filho da puta!).


A real é que estou cansado de tanto marasmo e de tanta mesmice. Tô cansado de estar pronto para as coisas e elas efetivamente não acontecerem. Isso não é uma reclamação e não depende só de mim. A verdade é que os passos estão sendo dados e a paciência que se esgota a cada minuto. Não adianta uma boca pra alentar ou um abraço pra acalmar, uma grana pra gastar ou um sexo para fazer: isso não basta. O que me bastaria era.... LIBERDADE.
Mas seguindo so conselhos de Raul Seixas...


"Faça, Fuce, Force
Mas!
Não fique na fossa
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não chore na porta...
Faça, Fuce, Force
Vá!
Derrube essa porta
Trace, Fuce, Force
Vá!
Que essa chave é torta..."

Será que esse é o segredo? fazer, fuçar, forçar?

Já forcei muita coisa, e isso é arriscado. Fazer e fuçar é interessante....


O que concluo também é qie foram 32 anos não tão bem vividos. Dias como hoje, de muita cerveja, amigos, risadas são bons, mas... e minha vida? onde ela está? é isso que vivo todo dia? Se for, é o que eu quero, o que busco, o que me preenche mais? Definitivamente não.

Vivo sempre em busca do meu sábado pra me salvar. E quando ele chega, eu me salvo? ele passa tão rápido...

O Herbet Vianna manda o recado: "cuide bem do seu amor, seja quem for"

Seja quem o que for, eu vou cuidar, eu cuidarei bem dele.


(perceberam que não tem nada com nada hoje?)