e mais outra vez

"o melhor é fazer parte de um todo"




Você se sente querido, amado.
Você deseja amor.
Você procura por amor.
O mundo pode não ser o que você deseja, mas com toda certeza lhe prepara armadilhas que te fazem flutuar no tempo.


Sigo esburacado, mas firme. Da minha maneira. Não é fácil passar os dias buscando algo que sabe-se bem que não se deve procurar: ele chega. Na verdade eu ando buscando paz, serenidade, calma...

Ainda existem gritos aqui dentro que só eu sei o quão agoniantes são.

Tenho meus pensamentos / sentimentos de pessoas comuns: ódio, rancor, mágoa, inveja, ciúme, posse... mas eu tenho algo que NINGUÉM pode ter, e disso eu tenho certeza. Por mais que o amor se esvaia num ralo, por mais que alaguem os hemisférios, por mais que eu chore copiosamente como ontem, por mais que tudo se acabe: isso nunca acabará.

Eu amo e é correspondido. Não da forma como eu queria, e ai está meu novo ensinamento.

Ando quebrando paradígmas, seguindo retas tortas, buscando e buscando... fazendo o que eu jamais faria, deitando ao lado de quem eu jamais deitaria, fitando quem jamais eu olharia...

As lembranças doem.. mas fazem um sorriso bonito, envergonhado. Sorriso esse que sai como um raio de sol num dia perdido, aquele sopro de luar quando você está na rua, perdido... esperança? não sei se há ou se não há.. só sei que nada sei sobre isso.


Tantas palavras
Que eu conhecia
Só por ouvir falar, falar
Tantas palavras
Que ela gostava
E repetia
Só por gostar

Não tinham tradução
Mas combinavam bem
Toda sessão ela virava uma atriz
Give me a kiss, darling
Play it again'

Trocamos confissões, sons
No cinema, dublando as paixões
Movendo as bocas
Com palavras ocas
Ou fora de si
Minha boca
Sem que eu compreendesse
Falou c'est fini
C'est fini

Tantas palavras
Que eu conhecia
E já não falo mais, jamais
Quantas palavras
Que ela adorava
Saíram de cartaz

Nós aprendemos
Palavras duras
Como dizer perdi, perdi
Palavras tontas
Nossas palavras
Quem falou não está mais aqui



Este post não era pra soar triste... não estou triste. Eu acho.


É só o pesar de ter a certeza de que pelo menos por um bom tempo (e quem sabe nunca mais) eu não terei a pessoa que mais amei em toda a minha vida.





Mas o perdão existe. E o sorriso, também.

Eu agradeço

Ao Deus por brilhar de uma forma tão intensa no dia de hoje.

À Deusa, por estar junto de mim em TODOS os momentos.

Às energias do coven, dos meus mestres, dos meus discípulos e dos meus IRMÃOS por emanar de uma forma tão intensa em 2011.

E ,acima de tudo, por ter um sentimento tão bonito, vivo, pulsante e brilhante dentro de mim e poder fazê-lo ser a melhor coisa que já me aconteceu em 33 anos de vida.


Maktub.

Que Litha seja seu melhor presente.

Amor enlatado

"Doa-se amor enlatado
Não é paixão, você está enganado.
Doses homeopáticas, para poder sentir o gosto doce do amor.
Caso prefira, as doses podem ser cavalares, sem restrições.
Amor cultivado há anos.
...
Natural, como deve ser.
Sem transgênicos, sem corantes nem conservantes.
Se conversa ao natural, á luz do dia e sob á luz da lua.

Doa-se amor enlatado.
Pode ser amargo, pode ser salgado.
Pode ser pouco para você, ou pode ser o que você sempre quis.
Pode ser frio, pode ser requentado.
Preferem-se pessoas que queiram cuidar do amor, ao invés de saborear por algum tempo e jogá-lo na lata do lixo.

Doa-se amor entalado.
Amor forte, resistente á quedas.
ISO 9000 comprovado.
Esse amor, assim, tão gostoso.
Enrijecido, simples, intenso e conservado.

Doa-se amor enlatado.
Estoque por tempo ilimitado."





Eu mesmo.

É só questão de idade

Passando dessa fase, tanto fez e tanto faz.

Urbana Legio Omnia Vincit.

Voando

Os dispostos, opostos, á postos...
Aposto!
Num gesto, modesto
Indigesto? Completo .
Razão, paixão e emoção na dura lição de lecionar
Contidas na arte, na parte, na carne, na rua, na lua, na vida crua.
Sentimentos e instrumentos: ter e tocar, sentir e amar, construir e executar.
Momento, sentimento.
O artista é uma obra de arte em movimento.






Novas inspirações aparecem a todo momento.
Basta deixar vir.

Para essa pequena.




São palavras e letras jogadas ao vento. Quem dita o tempo é Chico Buarque e quem digita é apenas um admirador de uma madrugada chuvosa regada á whisky e solidão.



"Fiquei louco, pasmado por completo
Quando me ví tão perto de quem tenho amizade
Na febre da dança sentí tamanha emoção
Devorar-me o coração.

Divina dama...


O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia?

Se o blues já valeu a pena, eu não sei.
Mas realmente não canso de contemplá-la.
Cuidando dela que anda em outro mundo há quase 10 anos.
Vivendo, amando, querendo. Sendo ela mesma
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas... todos esses anos me valeram a pena.

Outro amor, outra intensidade, outra realidade. Perto da minha.
Bem vinda, bem vinda...

E eu, á toa na vida, quando meu amor me chamou pra me mostrar que a vida é bela, più bella.

Arrasa o meu projeto de vida.. que projeto?
Querida, estrela do meu caminho.. qual caminho?
Espinho cravado em minha garganta, visão cerrada em meus olhos.

O que será que me dá, que me bole por dentro, será que me dá?


Mas... certo de estar perto da alegria, comunico oficialmente que há lugar na poesia
Pode ser que você tenha um carinho para dar, ou venha pra se consolar
Mesmo assim pode entrar que é tempo ainda.. sempre é tempo para amar.

Que todos os ardores me vêm atiçar?

Fui muito fiel
Comprei anel
Botei no papel
O grande amor
Mentira...
Reservei hotel
Sarapatel
E lua de mel
Em Salvador
Fui rezar na Sé
Pra São José
Que eu levava fé
No grande amor
Mentira...
Fiz promessa até
Pra Oxumaré
De subir a pé o Redentor... tanta mentira... mas tanta vontade...

Que é feito uma aguardente que não sacia

Quando ela chora, queria lavar seus ombros,
Não sei se é dos olhos para fora, ou do coração pra dentro.
Não sei do que ri
Eu não sei se ela agora
Está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama
Quando me encara e desata os cabelos... um drama.

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá...?


Ela é assim
Nunca será de ninguém
Porém eu não sei viver sem
E fim."


(sim, o blues valeu a pena).

5 vezes



Tudo começou em 1990, quando meu padrinho quis me levar ao meu primeiro jogo de futebol.
Final do Brasileiro, Corinthians x São Paulo.

Eu, no auge dos meus 12 anos recém completos, lembro de pouca coisa.
Mas o que ficou marcado foi a Fiel Torcida, e aquele gol do Tupãzinho, claro.

Comemoramos como se nada mais existisse no mundo. Ali eu percebi que chorar por um time é coisa natural.
Vieram mais jogos, finais em que perdemos, jogos decisivos.
E em 98 eu estava lá, novamente. Eu e o bando de amigos loucos da escola.
Aquela tarde de domingo chuvosa no Morumbi nos consagrou bicampeões.

E em 99, eu também estava lá.

Noite fria, mas muito quente. Jogo truncado contra o Atlético-MG. Eles mereciam ganhar, mas aqui é Corinthians.
Tricampeão.

Em 2005 o jogo final foi em Goiás. Confesso que tive uma grande vontade de ir, porém toda aquela roubalheira me deixou de certa forma envergonhado. E acompanhei o jogo pela TV.
Somos tetra.

Neste domingo, aquela sensação de ir para mais uma decisão reacendeu dentro de mim. Acordar pensando com qual manto iria sofrer (sim, sofrer - comemorar título só quando o apito final ecoa), que horas sair ,que horas chegar...
Fomos em 4, como os mosqueteiros.
Chegando lá, aquele bando de loucos já insandecidos por tudo o que envolve este título.
Entramos e fomos pro camarote. Visão linda, porém longe do povo, longe do que a gente é.

E existe o bandeirão...

Quando a Gaviões astiou seu bandeirão por toda a extensão da arquibancada vermelha, meus olhos encheram de lágrimas. E de todos ao redor.
Era um misto de alegria, compaixão, felicidad epor estar ali, por ser Corinthians antes de qualquer coisa.

Começa o jogo, e a torcida não pára.

No momento que o Vasco fez o primeiro gol contra o Flamengo, ali pudemos ver que sim, o Palmeiras levou torcida.
Mas a nossa foi maior, e gritou mais alto.

Termina o primeiro tempo. Horrível.

Quinze minutos para começar os 45 mais agoniantes deste campeonato.

Começa o segundo tempo.

O chileno é expulso e tudo fica mais calmo.

O Flamengo empata e nós comemoramos. Muito.

Jorge Henrique nos faz lembrar Edílson contra o mesmo Palmeiras, em 99, na final do paulista que eu também presenciei.

5 minutos de acréscimo no Engenhão... e briga no Pacaembu.

Ainda teve os rojões que a torcida do Palmeiras lançou contra a arquibancada alvi-negra. Mas a PM segurou bem a onda.

Termina no Engenhão...
















Todos se entreolharam, e um falou - somos campeões.
Aos poucos, o estáadio virou uma coisa só. Não havia mais Corinthians x Palmeiras, não havia mais ninguém que tirasse este título da gente.

O mais merecido de todos.

Choramos abraçados, todos. Amigos, conhecidos, trabalhadores do estádio, desconhecidos...
Ao Alessandro levantar a taça, aquela sensação do "eu nunca vou te abandonar" voltou com muita força. Por que Corinthinas é isso: na vitória ou na derrota, na saúde ou na doença, na tristeza ou na alegria.

Ao meu lado existia um lugar reservado. Lugar este que continuará até encontrar alguém que mereça estar ao meu lado em momentos tão importantes como este. Amigos são sempre bem vindos.

Bebemos, comemoramos.


Assisti os vídeos do jogo, as matérias, a comemoração...


Porém o mais emocionante não foi o título, e sim ver mais de 30 mil pessoas com as mãos pra cima, punho cerrado, homenageando o Doutor.

Sim Sócrates, este título é mais que seu.


Pois como ele mesmo disse, "o Corinthians não é um time, é um estado de espírito".

Se ele quis morrer em um domingo com o Corinthians campeão, ele está feliz.



Obrigado Corinthians por ser tudo isso pra gente.
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