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Agora resolvi mudar o foco e falar de algo que ultimamente vem correndo bastante sobre minhas veias: livros.
Mas.. são livros sobre música, tudo bem?
Terminei há alguns meses a biografia dos Mutantes ( A Divina Comédia dos Mutantes - Carlos Calado). Este livro traça a trajetória vitoriosa (e a decadência) da maior banda brasileira de todos os tempos.
Posso afirmar que são os melhores por diversos motivos... tudo bem, você não gosta de Mutantes porquê acha "porra-louquice demais" certo? ou então "música ultrapassada" para nossos tempos.
Não quero mudar a opinião de ninguém, mas fato é que por trás da música tresloucada desse quinteto (sim, quinteto, pois o nosso grande atual produtor-careca-pai-de-todos Liminha é considerado um mutante e o baterista - Dinho - também o é) existia algo que hoje e mdia se perde em muitos aspectos: a vontade e o amor em fazer música.
O livro corre desde o início dos bailes na Vl. Mariana ,passando pelos grupos formados por eles, os encontros, possíveis Mutantes que saíram das formações anteriores, compactos com o nome de "O´s Seis" (sim, seis pessoas, porém com a intenção de citar a gíria "oceis") áté o famigerado almoço na casa do Ronnie Von, onde o mesmo indicou o nome "Mutantes" ao invés de "Os Bruxos" (nome utilizado por um tempo pelo grupo), passando pelos festivais da Record e suas vaias homéricas , passeatas, amor-livre, Europa, Beatles, LSD, cabelos longos, música latina, música brega, auge, decadência, paz, guerra e tudo o que você pode pensar sobre coisas simples, conturbadas, agitadas, drogadas, infelizes e certeiras.
O livro vale a pena!
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Dai ganhei de presente da Lelê o livro "Renato Russo - o filho da revolução" (Carlos Marcelo) que é a biografia do Renato Russo.
Antes que os maledetos dos possíveis reclamões deste blog falem que ele não passava d eum viadinho que se aproveitou do sucesso pra meter a boca (em todos os sentidos) no balão, eu digo que este livro é sensacional pelo fato de além de focar, óbvio, na vida e obra do Renato, cita o cenário político do Brasil, como a criação, coñstrução, auge e decadência de Brasília, AI-5, governo atrás de governo, golpes militares, sucessões, JK, prisões, buscas, apreensões e tudo o que o Brasil nos ofereceu de 1968 até 1992.
Cita também o cenário musical. Fala do Ney Matogrosso (trabalho em Brasília como... enfermeiro!), os primeiros punks, as primeiras aulas de guitarra, as primeiras bandas de Brasília e suas influências, anos 80, união de bandas, prisões, drogas e tudo o que nossos tímpanos conheceram a partir da década de 70 até os dias de hoje.
Um dos trechos mais marcantes é quando é citada a confusão generlizada que ocorreu em Brasília, em 1987, onde u mcara subiu no palco e deu uma chave de braço no Renato. cita toda a briga, cita as reclamações do Rentato, o público xingando, o quebra-quebra, os locutores das rádios incitand oque o público queime os discos da Legião Urbana (e são atendidos) e uma das fotos mais interessantes é uma pixação na esquina do apartamento dos Manfredini com os dizeres: "Legião não voltem mais".
Vale a pena.
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E agora comecei a ler outro, o "História Sexual da MPB" (Rodrigo Faour) ,emprestado pela Lelê.
Esse livro corre a veia romântica-sexual do brasileiro desde os tempos da "época de ouro" até os funks de hoje em dia (sim, "a porra da buceta é minha"). O interessante é que o livro mostra as capas de disco mais emblemáticas dessas épocas.. Gretchen, Wando, Tom Zé e Inocentes (exemplos dos "sem-vergonha), Doris Monteiro, Maysa, Nelson Gonçalves (exemplo dos "mal-amados"), Ronnie Von, Valdick Soriano, Roberto Carlos ,Chico Buarque (exemplo dos "galãs") dentre tantas outras coisas.
Estes são os livros mais recentes que eu li.. o último livro que eu li com tanta dedicação foi o "Jung e o Tarô - uma jornada arquetípica" (Salie Nichols). Até o "Universo em Desencanto" eu comecei a ler, mas eh literatura de doido.
As dicas estão ai!
Em breve, mais discos da lista dos 100 mais.
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