Sobre Vinicius, Chico e os poetas e a vida

Tem mais samba no encontro que na espera.


Assim como os poetas, eu entendo que a vida tem sempre razão.

Porém há esse misto de beleza e dor, alegria e solidão, amargura e amor demais. Entendo que seu companheiro de todas as horas pode ser um copo de whisky, e que quem escreve está se libertando de algum tipo de dor.

"a arte não ama os covardes",disse Vinicius.

Chico foi além, e disse ser um legitimo voyeur da alma feminina, desses que fazem questão de olhar fixamente cada passo de uma mulher.
Segundo Bethânia, Vinicius veio para nos ensinar a dar amor e a receber amor.

Chico nos mostra em sua obra um lirismo raro em qualquer ser humano. Uma liberdade de sentimentos e una forma digna de assumir tais sensações. Entende que o ser humano é carne, osso e sentimento.
Vinicius queria viver cercado de amigos. Talvez assim pudesse dar ênfase à alegria ao invés da dor que carregava. Quando Vinicius escreve "e que seja eterno enquanto dure" ele mesmo assume que o que tanto buscou em seus 9 casamentos era algo inatingível: o amor demais.

Problemas com dinheiro, Itamaraty pegando no pé, caneta e whisky na mão. Assim criou-se o brasileiro mais apaixonado que um dia já pôde existir.

Chico mesmo valendo-se de seus atributos foi casado por muito tempo com apenas uma mulher. E é incrível como mesmo naquela época sem muita informação o mundo pode lhe dar o dom da escrita, o dom de compor, o dom de expressar em poucas linhas o que duramos anos para conseguir entender em poucas palavras.
De Chico Buarque e Vinicius de Moraes carrego apenas a coincidência de também ser brasileiro, um artista brasileiro. Carrego hoje a música que entrou para a posteridade, sua arte, seu sentimento. Como simples brasileiro me curvo às suas obras, me coloco como escravo de meus sentimentos, mas com a certeza de que a vida tem sempre razão.
Esse amor intrínseco em cada alma tocada pelas frases destes nossos 2 ícones supera qualquer superação. É preciso pôr um pouco de cadência senão ninguém no mundo vence. Precisamos girar a roda-viva, a roda de nossas vidas. Precisamos morrer todos os dias e renascer para uma nova jornada, um novo dia. Entender os ciclos, o mundo em que vivemos, que somos diferentes com destinos diferentes, porém de corpo, alma e sentimentos.



Caminho longe de entender os poetas. Não é preciso saber: viver ultrapassa qualquer entendimento.

Meu tempo é quando.

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